quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Análise de "The road not taken" by Robert Frost

Two roads diverged in a yellow wood
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth; 


Then took the other, as just as fair
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same, 

 
And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back. 


I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference. 


A estrada não trilhada
Num bosque, em pleno outono, a estrada bifurcou-se,
mas, sendo um só, só um caminho eu tomaria.
Assim, por longo tempo eu ali me detive,
e um deles observei até um longe declive
no qual, dobrando, desaparecia…


Porém tomei o outro, igualmente viável,
e tendo mesmo um atrativo especial,
pois mais ramos possuía e talvez mais capim,
embora, quanto a isso, o caminhar, no fim,
os tivesse marcado por igual.


E ambos, nessa manhã, jaziam recobertos
de folhas que nenhum pisar enegrecera.
O primeiro deixei, oh, para um outro dia!
E, intuindo que um caminho outro caminho gera,
duvidei se algum dia eu voltaria.


Isto eu hei de contar mais tarde, num suspiro,
nalgum tempo ou lugar desta jornada extensa:
a estrada divergiu naquele bosque – e eu
segui pela que mais ínvia me pareceu,
e foi o que fez toda a diferença.


Tradução de Renato Suttana

Este poema, escrito por Robert Frost, consiste em 4 estrofes de 5 linhas, com um esquema de rimas ABAAB e embora ele seja de uma leitura simples, é bastante profundo, devido às metáforas que o poeta usa, o que nos permite um leque abrangente de interpretações
Basicamente, o locutor do poema, do qual sabemos pouco, após caminhar por um tempo em um bosque, se encontra diante de uma estrada bifurcada, e após contemplar uma delas por um longo tempo, decide, em questão de segundos, por escolher a outra.
Embora o locutor tenha concluído que as duas estradas parecessem iguais no fim, uma delas era mais verdejante, o que foi de certa forma um atrativo para ele, o que fez com que ele a escolhesse, deixando a outra para o acaso, mesmo sabendo da possibilidade de nunca mais trilhá-la.
No entanto, embora, ao analisar este poema, possamos cair no erro de clamar que o locutor escolheu o caminho menos trilhado, a ver pelo penúltimo verso do último parágrafo, se observarmos os dois últimos versos do segundo parágrafo perceberemos que, embora o caminho escolhido fosse mais verdejante, na verdade, nenhuma das estradas era menos trilhada que a outra. Basta lembrar que o título do poema não é "A estrada menos trilhada", mas "A estrada não trilhada".
A estrada bifurcada é uma metáfora antiga que representa a linha da vida, as decisões e dilemas com os quais todos nos deparamos. Todavia, o objetivo do poema não é trazer uma receita de como agir diante de uma tomada de decisões no sentido de escolher sempre o caminho menos percorrido ou aquele que se julga mais correto. Em nenhum momento do poema, é afirmado que o caminho correto foi percorrido. Ambas as estradas foram postas no mesmo nível. Mas uma das intenções de Frost era evidenciar como o presente concreto parecerá ou afetará o futuro.
No último parágrafo (1° verso) , tem-se uma noção deste fato, quando o locutor admite que no futuro, ele contará sobre aquele dia em que ele se encontrou diante de um caminho bifurcado, mas não antes de um suspiro. Pode até parecer irônico que na mente do locutor, a escolha dele tenha feito toda a diferença, mas o fato de ele contar esta história com um suspiro demonstra também a ideia de remorso, o que também é reforçado pelo título.  
Com isso, pode-se afirmar que, ao longo da vida, nenhuma decisão nos parece ser a errada no momento em que a tomamos. Muito mais do que exaltar as diferenças de se ter escolhido aquele caminho que fez toda a diferença, este é na verdade um poema que fala da tendência humana de olhar pra trás e se culpar pelos menores erros cometidos ou pelas oportunidades perdidas. Frost evidencia, no último parágrafo o arrependimento por não ter tido a oportunidade de percorrer o caminho que ele deixou de percorrer. Embora ele tenha afirmado que o caminho escolhido tenha feito toda a diferença, não é possível afirmar que esta tenha sido uma afirmação positiva.
A conclusão a que se chega é que este poema é na verdade uma reflexão de como nossa vida e escolhas presentes afetam nosso futuro...A verdadeira liberdade só é alcançada quando se vive seu próprio caminho. Enfim, as palavras de Frost são profundas!


sexta-feira, 18 de julho de 2014

YummyKupe!!! (Brincos Gostosos!)

Nem eu entendi ainda sobre o que meu blog fala, porque ele é mais uma salada de frutas do que um blog "lol".
Enfim, nas últimas semanas, em uma viagem que fiz à melhor cidade do mundo (Istambul), entre idas e vindas de passeios e encontros com amigos, conheci uma artista de jóias bastante original e talentosa.Dona de seu próprio (yummykupe) negócio e site, ela produz jóias com o tema comida e miniaturas! Veja aqui o Facebook dela. Em Istambul, ela está localizada no bairro Kadiköy, no lado asiático. Vale a pena conferir!


I still didnt get what my blog is about, because it looks more like a fruit salad "Lol". Anyway, in the few past weeks, in a trip to the best city in the world (Istanbul), between some hangouts and making with friends, I met a very original and talented artist. Owner of her own jewel business and site, she produces jewels using the "food" and "miniature"theme! Check out the facebook. In Istanbul, it is located in Kadiköy, in asian part of the city!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Resenha do livro "Educar pela Pesquisa", de Pedro Demo



DEMO,Pedro.Educar pela pesquisa.4.ed.São Paulo:Autores associados,2000.


Pedro Demo, em seu livro intitulado "Educar pela pesquisa", traz novos conceitos de educação, pesquisa e também desenvolve uma teoria sobre o questionamento reconstrutivo, aluno sujeito e aluno objeto, entre outros,indicando meios de romper com a educação tradicionalista.
Como se sabe,um dos objetivos da educação é desenvolver o ouvir, o falar, o ler e o escrever, ou seja, é formar a competência. O responsável pela educação dos alunos é o professor e como Pedro Demo afirma, para o professor, não basta ser um profissional da pesquisa, mas um profissional da educação pela pesquisa, que torne a pesquisa uma constante na sala de aula, de modo que o aluno deixe de ser objeto, aquele que não age,mas apenas ouve e recebe o conhecimento por osmose e passe a ser sujeito, aquele que busca o conhecimento.
À medida que o aluno se torna um sujeito ativo,ele passa a questionar o conhecimento e a realidade para saber o porquê das coisas,além de adquirir a independência crítica.Logo,este questionamento serve para renovar o conhecimento. Daí denominado ‘’questionamento reconstrutivo’’. O questionamento reconstrutivo é o cerne da pesquisa, que por sua vez é o cerne da educação. Pesquisa é a emancipação do aluno à medida que ele questiona a realidade.
O autor também compara educação e pesquisa,afirmando que ambas lutam contra a ignorância. ’’A pesquisa busca o conhecimento e a educação busca a consciência crítica. Ambas valorizam o questionamento. ’’A pesquisa se alimenta da dúvida,de hipóteses alternativas e superação de paradigmas; ela persegue o conhecimento novo.
A crítica feita consiste no fato de que muitas pessoas veem o professor como instrutor, e se for realmente só este o papel do professor,qualquer um pode ser professor. Precisa-se de professores pesquisadores, não considerando aqui pesquisa como a que é feita por mestres e doutores, mas como uma atividade cotidiana e cujo papel na escola é transformar o aluno objeto m aluno sujeito. Ele afirma que o aluno pesquisador deve ser como uma criança que a tudo questiona.Mas o ‘’problema’’ com que ele se depara é a escola,que preza pela disciplina.
Sobre o sujeito crítico, diz-se que ele questiona até na vida:há o telespectador crítico,a mãe crítica, que sabe ler o choro do bebê, o homem que usa a tristeza para crescer,etc. Mas não basta só pensar. É preciso produzir,pois competência é inovar,é questionar; é reconstruir o conhecimento todos os dias. Marcos Bagno em seu livro pesquisa na escola, oferece dicas e alternativas de como trabalhar gramática na escola através da pesquisa, tornando a disciplina mais interessante.
Já foi dito que educação forma a competência e busca a consciência crítica.Mas de que maneira isso deve ocorrer? Através da orientação dos trabalhos em conjunto pelo professor. Quanto às propostas do autor, ele diz que o professor deve repensar o trabalho em equipe para que um componente não fique com todo o peso nas costas e os demais e os demais não fiquem ociosos;ao invés de carteiras, que houvesse mesas redondas; ao invés de silêncio, barulho de questionamentos; incentivar o aluno a procurar livros, textos, fontes; evitar dar tudo pronto, mas pra isso, a escola deve possuir biblioteca, laboratórios...
O professor que apenas enche a cabeça dos alunos de coisas reforça a sua condição de objeto. Ele deve aproveitar o que o aluno traz de fora, pois não é possível criar conhecimento novo, mas o reconstruimos a partir do que já existe. O aluno precisa ser motivado a avançar na autonomia da expressão própria. Portanto, no conceito de pesquisa,é mister haver a relação teoria/prática. O aluno pesquisador é motivado a buscar, ler, querer saber mais, duvidar, deixar para traz a condição de objeto. Ele passa de informado a informante.
Agora o que fazer para motivar o aluno a desenvolver seu questionamento reconstrutivo? Concorda-se com a solução proposta por Pedro Demo, quando ele enfatiza a importância de motivações lúdicas e o hábito da leitura,o apoio familiar e o uso intensivo do tempo escolar. Mas o professor só pode cultivar esses hábitos nos alunos se ele tiver esses hábitos e para isso, o professor precisa se expressar de maneira fundamentada,exercitar o conhecimento sempre,a formulação própria, cotidianizar a pesquisa, além de refazer o material didático,inovar a prática didática,construir textos científicos e recuperar constantemente a competência.
Quanto à forma de avaliação, preconiza-se o acompanhamento dos alunos, o interesse pela pesquisa, as elaborações próprias e a participação ativa. O aluno deve saber que ele é avaliado todos os dias.Todas essas considerações acerca de educar pela pesquisa é com o fim de combater o fracasso escolar,cuja culpa é , em parte,do sistema e em parte do alfabetizador que dá aula copiada. A formação da competência do aluno tem a ver com a competência do professor e exatamente por ainda hoje se ter a visão de que dar aula é fácil é que não se tem investido na condição profissional do professor., e às vezes o próprio professor não vê a necessidade de se recapacitar .
Não há pesquisa somente na escola, mas também e principalmente na Universidade. Há uma grande expectativa ao se entrar na universidade acerca do que é pesquisa e muitos jovens acabam se decepcionando ao sair da universidade,pois percebem que educação superior é um entupimento teórico - sistemático e o tempo letivo se resume a aula copiada e prova. ’’Mesmo nas públicas ainda há professores que só se preocupam em dar aula e ensinar a copiar ainda que nessa faz cresça a pressão sobre a necessidade da pesquisa. ’’Acaba se formando uma elite acadêmica de professores pesquisadores que se acham especiais. Assim a universidade joga fora a chance de postar-se no centro do desenvolvimento humano.
     Somente uma população competente, munida da capacidade de questionamento reconstrutivo sólido seria capaz de contrapor-se ao processo excludente. Quem faz greves? uma população conhecedora de seus direitos ou uma ignorante?É preciso prezar pela cidadania acadêmica para mudar a história. A pesquisa é a razão de ser da universidade e a base da transformação do mero ensino em educação.
Na universidade,assim como na educação básica,deve haver a recuperação permanente da competência,do fazer para o saber fazer e sempre refazer. É preciso inovar e renovar sempre pois vivemos na era da informação e hoje em dia a graduação não é o bastante devido ao envelhecimento rápido de qualquer profissionalização e importa mais qualidade do que quantidade de informação. Por isso a importância de atualizar-se permanentemente.
Pedro Demo alerta que na universidade há aula copiada.De acordo com Werneck: ’’O professor finge que ensina e o aluno finge que aprende;preocupado,toma nota,reproduz na prova. ’’Professor que reprova a maioria dos alunos está reprovado. Professor bom é aquele que faz pessoas comuns gostarem de matemática.’’Se na escola o professor não precisa ser um profissional da pesquisa,já que é um profissional da educação pela pesquisa,na universidade pesquisa é profissão. Deve-se desde o início incentivar a pesquisa na universidade pra que o aluno produza sempre e para que a monografia não o pegue desprevenido.Na maioria das vezes, a monografia é a primeira vez que o aluno produz algo. Não é à toa que muitos fazem monografia de encomenda.
A banalização começa com a própria banalização da profissão:qualquer um que dê aula ou coisa parecida é professor. Portanto, se educação é um processo de formação da competência humana,educar pela pesquisa é trabalhar a competência emancipatória e a competência se alimenta do questionamento reconstrutivo. Logo,cada aluno,em nome da emancipação,precisa tomar iniciativa e tapar seus buracos por si mesmo. Não faz sentido que aprenda somente o que consta nos cursos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


DEMO,Pedro.Educar pela pesquisa.4.ed.São Paulo:Autores associados,2000.

BAGNO,Marcos.Pesquisa na Escola: o que é, como Se Faz.São Paulo:Edições Loyola,2003.

Resenha da Obra "A Pérola", de John Steinbeck



STEINBECK, John Ernest. A Pérola. Lisboa: Livros do Brasil, 1996.      

‘’A Pérola’’ é uma obra fascinante de John Steinbeck escrita em 1945 onde é tratada com enorme sensibilidade e simplicidade a história de Kino e sua esposa Juana, índios, que vivendo à margem da sociedade, encontram uma pérola com o objetivo de pagar o tratamento de seu filho Coyotito, picado por um escorpião.
‘’A Pérola’’ é considerada uma parábola por já ter sido contada várias vezes e ter se enraizado na mente das pessoas e dela pode-se tirar belas lições de vida. A pérola que Kino procurava muitos a procuram hoje. Por vivemos em uma época em que as pessoas não têm tempo umas para as outras, muitas delas saem à procura de pérolas para que com elas possam resolver seus problemas. As pérolas podem ser quem sabe riquezas, amor, felicidade, etc. Como Kino vivia da pesca, foi aí que ele a buscou e encontrou.
Um aspecto bastante ressaltado é a dignidade da pessoa humana. Embora vivessem em um casebre, Kino e Juana não buscavam em meios ilícitos o seu sustento e o de seu filho. Eles passavam fome, seu filho dormia em um caixote e se percebe durante toda a leitura a perseverança, a coragem e a persistência de Kino e Juana diante das atribulações. Suas vidas são verdadeiros exemplos de humildade não só para aquela sociedade em que predominava a mesquinhez, mas para a atual, onde estão presentes defeitos piores que este.
O médico nessa obra representa o poder, o governo, o estado, a classe detentora da riqueza. Na obra, a família de Kino é tratada como mero animal. Mais uma vez se vê a predominância do ter sobre o ser, e onde só têm acesso à saúde aqueles que possuem capital. O incrível é que essa obra, embora escrita há vários anos, não se desatualiza, pois trata do social, de valores, da relação indivíduo/sociedade e os problemas sociais continuam sem solução e ocorrem em todas as sociedades. No Brasil, particularmente, não só os índios, mas negros e pobres são discriminados e não têm um serviço público que atenda a sua demanda.
Kino e Juana não tiveram acesso à educação e por mais que o medicamento feito por ela para curar seu filho fosse eficaz, ela não pensava assim. Por retratar a vida do indivíduo em sociedade, percebe-se muito a influência do pensamento da sociedade sobre o indivíduo, da classe dominante sobre a classe dominada, do médico sobre Kino e Juana. Estes preferiam acreditar na sua ignorância certa que no possível conhecimento do médico.
E quando enfim a pérola é encontrada é como se todos os problemas daquela sociedade pudessem ser resolvidos. As máscaras começam a cair. Por trás delas são vistas a corrupção, a ganância e o modo de vida do clero e a ambição e cobiça do médico e dos vendedores de pérolas. É visto o retrato do mundo capitalista onde quem manda é o dinheiro. A vida é levada ao rebaixamento total e os valores são abandonados pela sociedade.
Todos os fatos ocorridos após encontrar a pérola tornaram Kino um homem desconfiado, perseguido, angustiado. A vontade de ser feliz e de mudar sua vida e a de sua família a qualquer custo através da pérola passou a ocupar o primeiro lugar em sua vida, que mudou completamente a partir de então. Acabou perdendo sua casa, sua paz, e ao fim de tudo, seu filho, sua maior riqueza. Não conseguiu vender a pérola, devido ao seu tamanho e valor, e ele acaba devolvendo-a ao lugar de onde ela veio: o mar.
. Enfim, é a história de como uma pérola foi achada e de como ela se perdeu, levando consigo todas as esperanças de mudar de vida. Na verdade, algo que poderia salvar a vida de um homem e de sua família foi a sua ruína e desgraça e onde é coroada a vitória da sociedade sobre o indivíduo.
Embora pequena em volume, ‘’A Pérola, de John Steinbeck, é uma obra prima de grande beleza técnica, e simplicidade vocabular em que é admirável a profundidade com que é investigada a alma humana. Nela são revelados aspectos que estão presentes na vida de todos os homens: amor, o ódio, a inveja, a dor. O amor dos pais por seu filho, o ódio e a inveja dos ‘’dominadores’’ pelos ‘’dominados’’ e a dor da perda.
No livro, os protagonistas, que são índios, vivem em uma sociedade em que sofrem preconceitos de todas as ordens. Além de serem tratados como animais pelo médico, não ter dinheiro para pagar o tratamento do filho, picado por um escorpião, torna-se uma agravante.
Steinbeck afirma que nessa história há coisas boas e más, sem nada no meio. Assim são os personagens. Eles possuem características bastante distintas que os enquadram no grupo dos bons ou dos maus. Enquanto Kino é corajoso e perseverante e Juana amorosa e determinada, o médico e o padre são ambiciosos, corruptos e traiçoeiros.
Kino e Juana são de certa forma, impregnados por uma cultura e por valores que não são próprios da cultura de seu povo e eles tentam adequar-se a esse mundo que não é o deles. Tanto é que o futuro que ele sonha pra Coiotito após encontrar a pérola é um sonho americano.
No Momento em que Kino pretende vender a pérola e mudar seu destino, os grandes não permitem, tentam persegui-lo e engana-lo pelo fato de este não ser instruído. Por analogia, muitos governos não investem em educação por não quererem alterar a ordem dominadores/dominados. Para aqueles é preferível que as pessoas não tenham conhecimento de seus direitos para que não questionem as injustiças sociais.
Kino acabou pagando um preço alto por causa da ganância e cobiça dos que o rodeavam o que nos leva a desacreditar nos valores da sociedade e a pensar que não se pode tentar mudar o que se acha injusto,  principalmente quando se está sozinho ou sem o apoio da comunidade. E diante de tantas dificuldades, qualquer motivação que possa haver nesse sentido é dissipada.
Também há o interesse em um mundo governado por princípios capitalistas, onde as amizades duram enquanto durar a riqueza da pessoa. Não se está interessado no valor vida, mas na condição financeira. Nos é revelado até que ponto a inveja é capaz de levar uma pessoa e o que é capaz de fazer com seus valores.
A sociedade é retratada fielmente, com todas as suas misérias, injustiças sociais, mostrando a vida difícil não somente dos índios e dos menos favorecidos da época, mas se compararmos, a de uma realidade que perdura até hoje. Talvez por isso, Steinbeck considere essa obra uma parábola. Para que dela possamos tirar lições de vida.
Quanto ao final, ele é triste porque Kino achava que a pérola seria a solução de seus problemas. Entretanto, aquela foi responsável pela criação de novos. A sua vontade de mudar de vida falou tão alto que ele levou seus atos às últimas consequências levando sua família consigo e por falta de conhecimento deixou-se enganar por pessoas frias e interesseiras. O preço: a vida de seu filho.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Unicamp comprova ação preventiva da jabuticaba contra Leucemia e CA de Próstata

Mais uma notícia animadora para quem aguarda uma cura para o câncer.

Compostos da casca da fruta reduzem em até 50% células cancerígenas.
Efeito foi constatada contra leucemia e câncer de próstata, diz pesquisador.

Um estudo realizado por pesquisadores da Unicamp, em Campinas (SP), comprovou a eficácia da jabuticaba na prevenção do câncer de próstata e da leucemia. Segundo o pesquisador da Faculdade de Engenharia de Alimentos Mário Roberto Maróstica Junior, alguns compostos presentes na casca da fruta reduzem em até 50% a produção de células cancerígenas.
O professor explica que os chamados compostos fenólicos, que dão a tonalidade escura à fruta, atuam diretamente em duas etapas do desenvolvimento de células do câncer. A propriedade antioxidante da jabuticaba combate os radicais livres responsáveis pela primeira etapa da multiplicação das células.
Na segunda fase, a fruta inibe a ação de enzimas responsáveis pelo surgimento da célula cancerígena. “Com isso, a jabuticaba pode ser potente nas duas fases importantes do desenvolvimento do câncer”, explica o professor.

Estudo da Unicamp comprova ação da jabuticaba contra o câncer (Foto: Reprodução / EPTV) 
Estudo durou cinco anos e foi feito na Faculdade de Engenharia de Alimentos (Foto: Reprodução / EPTV)
As descobertas da pesquisa que se estendeu durante cinco anos ganharam repercussão internacional com as publicações no British Journal of Nutrition e o canadense Food Reserch Internacional, duas das revistas científicas mais respeitadas do mundo.
Com as conclusões dessa primeira etapa do estudo, o grupo de pesquisa planeja um segundo passo no qual pretende realizar testes com a ingestão do extrato da casca da jabuticaba usado em roedores com câncer. “O próximo passo é estudar o efeito da alimentação com casca de jabuticaba nesses modelos animais com câncer”, disse Maróstica Júnior. A próxima etapa deve iniciar ainda este ano e a previsão é de que se estenda por pelo menos mais 12 meses.

Unicamp descobre ações medicinais da jabuticaba (Foto: Reprodução / EPTV) 
Pesquisadores descobriram que maior parte das propriedades está na casca (Reprodução / EPTV)
Outras propriedades
Outra parte da pesquisa envolveu ratos obesos, onde a farinha da casca de jabuticaba virou ração. Os resultados mostraram que o consumo diário pode ter efeito na prevenção de doenças como o diabetes tipo 2. “A casca oferecida durante 30 dias aos animais provou ser eficaz na redução de 10% de glicemia e na redução do colesterol sanguíneo”, explicar o professor.
Baseados nestas descobertas, os pesquisadores elaboraram uma receita de saúde: dez unidades de jabuticaba consumidas por dia,  com a casca, aliadas a uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos, seriam suficientes para auxiliar na prevenção de doenças. “A mensagem desta pesquisa é alertar as pessoas sobre como uma alimentação rica em frutas pode contribuir para prevenir  doenças degenerativas”, resume o pesquisador.

Fonte: G1

Extrato de sementes de uva pode destruir células cancerígenas.


uvas









Sempre que tenho um tempinho, gosto de ler notícias sobre saúde e em uma destas minhas leituras achei algo muito interessante e achei bom compartilhar. Segue abaixo.







Extrato de semente de uva 'mata' células de câncer, diz estudo
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que extrato de sementes de uva pode destruir células cancerígenas.
Os cientistas, da Universidade de Kentucky, realizaram experiências de laboratório e mostraram que, em 24 horas, 76% de células de leucemia expostas ao extrato foram mortas e as células saudáveis ficaram intactas.
A pesquisa abre caminho para novos tratamentos contra o câncer, mas os especialistas disseram que ainda é muito cedo para recomendar que as pessoas comam uvas como forma de evitar a doença. As sementes de uva contêm alta concentração de antioxidantes, conhecidos por sua propriedades contra o câncer. Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o extrato da semente da fruta pode ser eficaz no combate a células cancerígenas da pele, mama, intestino, pulmão, estômago e próstata.
Suicídio
 
No entanto, o estudo americano é inédito ao provar as ações do extrato contra a leucemia. Na experiência, os cientistas expuseram as células doentes a altas doses do extrato, levando várias delas a “cometerem suicídio”, em um processo conhecido como apoptose. Os pesquisadores observaram que o extrato ativou a proteína JNK, que ajuda a regular o processo de auto-destruição celular. Ao exporem as células de leucemia a um agente que inibe a proteína JNK, o efeito do extrato da semente de uva foi interrompido. O autor do estudo, Xianglin Shi, disse que os resultados podem levar à incorporação de novos agentes na prevenção ou tratamento da leucemia e de outros tipos de câncer. “O que todos buscam é um agente que tenha um efeito nas células cancerígenas, mas que deixe as saudáveis intactas. E o extrato de semente de uva se encaixa nesta categoria”, afirmou o pesquisador.
O estudo foi reproduzido na publicação especializada Clinical Câncer Research.

Fonte: BBC